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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Envelhecimento: Desafio Brasileiro

                                                                             

"Respeitar o idoso é respeitar a si mesmo”, termo muito conhecido, mas que não é valorizado nem colocado em prática. No Brasil, o descaso, o preconceito, a dificuldade no acesso a serviços primários são os principais fatores que causam sofrimento naqueles que rumam a uma nova fase da vida: a terceira idade.
 Segundo a Organização Mundial de Saúde em 2025, os idosos no Brasil atingirão uma cifra aproximada de 30 milhões de pessoas, o equivalente a 15% da população. Estudos mostram que, devido às quedas das taxas de fecundidade, sobretudo a partir das décadas de 70 e 80 e à diminuição gradativa das taxas de mortalidade registradas nas últimas décadas, o envelhecimento da população brasileira é irreversível. O país de jovens começa a mudar sua estrutura demográfica com o aumento e a presença notável dos cabelos grisalhos.
As mudanças ocorridas na estrutura populacional trazem uma série de desafios para os quais o país não está devidamente preparado. Existem inúmeros desafios trazidos pelo envelhecimento da população brasileira: o desafio para a família, o desafio da pobreza, o desafio da aposentadoria, o desafio dos asilos e, principalmente, o desafio da promoção da saúde e da formação de recursos humanos em Geriatria e Gerontologia.Entre as novas necessidades geradas pelo processo de envelhecimento populacional está a de serviços especializados para pessoas idosas, o que poderá levar ao surgimento de novas profissões e, conseqüentemente, de novos cursos universitários. Mesmo dentre as profissões já existentes, principalmente as ligadas à saúde, surgem diferentes enfoques e necessidades e a grande beneficiada será a nossa ainda desassistida população de idosos.
Este aumento exacerbado no número da população adulta acima de 60 anos é reflexo da baixa natalidade e da evolução na esperança de vida que, atualmente, atinge a média de 68,6. Cerca de 2,5 anos a mais do que nos anos 90.
Com estes índices, fica evidente a necessidade do avanço nas políticas públicas de inclusão para proporcionar um envelhecimento bem sucedido. Para tanto, algumas ações foram criadas, como: transporte púbico gratuito e os núcleos de convivências para o idoso. Mesmo assim, a situação dos mais velhos no Brasil é bastante crítica.
Para a presidente da Associação das Universidades e Faculdades Aberta para Terceira Idade (Aufati), Cristina Fogaça, “é preciso que o idoso mostre que a idade não impede que a pessoa continue a contribuir na evolução social e humana, que ele fez e faz parte da história do País e do mundo e também ter consciência que não perdeu seu papel e lugar como cidadão”. Cristina é especialista em cursos na área de envelhecimento humano.
Em 2003, o Governo Federal promulgou o Estatuto do Idoso, que regulamenta os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Contudo, muitos benefícios ainda não saíram do papel, isso porque a maioria dos idosos desconhece seus direitos.
Em contrapartida, a “Universidade Para a Terceira Idade” é uma ação inovadora que deu certo e que, além das aulas teóricas, oferece ao idoso uma integração na comunidade, por meio de passeios, aulas de dança, artesanatos, entre outras atividades.
“Me sinto realizada. Aqui promovemos festas, temos campanhas para ajudar as pessoas necessitadas da comunidade e tenho contato com pessoas que falam a mesma linguagem”, relata Ione Rodrigues Rosin, 61 anos, aluna da Universidade Livre para Terceira idade da Universidade Metodista de São Paulo.
Para especialistas em gerontologia, participar de atividades e incluir o idoso ativamente na sociedade por meio de contato com amigos e familiares contribui significativamente para elevar a auto-estima.
“Nós temos três tipos de envelhecimento: psicológico, biológico e social. Para termos um envelhecimento saudável temos que cultivar amigos, ter prazer no que fazemos, sorrir, amar, se gostar e nunca se anular”.
Por fim Alerto a todos por meio deste blogger o "Brasil precisa se preparar para o envelhecimento acelerado da população nos próximos anos."

Eliane Jesand

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